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sexta-feira, 24 de abril de 2020

FETAEP se reúne com a Souza Cruz para tratar da situação dos produtores de fumo no PR

A Souza Cruz apresentou o plano de ação para os produtores impactados, que inclui o perdão das dívidas de investimentos contraídos para produção de tabaco MARYLAND

A Souza Cruz reduziu a área contratada para Safra 2021 no Paraná e a FETAEP se mobilizou para entender junto a empresa quais soluções foram planejadas para minimizar os impactos para os agricultores familiares que foram afetados.
Na última quarta-feira (22), a diretoria da federação, juntamente com a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (SEAB), conversou com o gerente nacional de produção da Souza Cruz, Vladmir Moura, e com o gerente regional Eduardo Martins. Participaram da reunião o presidente da FETAEP, Marcos Brambilla, a 1.ª vice-presidente Ivone Francisca de Souza, o secretário geral Alexandre Leal dos Santos, o secretário de finanças e administração José Amauri Denke e a assessora de política agrícola Ana Paula Conter de Lara, além do presidente do STR de Ivaí Claudinei Brilak, que é diretor do Fórum Nacional de Integração (Foniagro) e da engenheira agrônoma da SEAB, Adriana Baumel.
“A Souza Cruz apresentou o plano de ação para os produtores impactados, que inclui o perdão das dívidas de investimentos contraídos para produção de tabaco MARYLAND, nos produtores que foram descontinuados. Isso porquê estes produtores deixarão de utilizar os ativos para produzir tabaco”, revelou o secretário de finanças e administração da FETAEP, José Amauri Denke.
"Caso algum produtor entender que está tendo outro prejuízo relacionado à não renovação do contrato para cultivo do tabaco, poderá negociar individualmente com a empresa. A orientação é que o agricultor converse com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais da sua região”, completa Denke.
O presidente da FETAEP, Marcos Brambilla, afirmou que o desafio agora é buscar alternativas de renda para esses agricultores. “Muitos fizeram investimentos se programando para cultivar o fumo por vários anos e agora precisarão mudar de atividade agrícola. Não deixaremos esses agricultores sozinhos. Vamos fazer o que for preciso para auxiliá-los a buscar novas possibilidades que supram suas necessidades de renda, dentro do espaço que possuem.”
Sobre a redução dos contratos nos demais tipos de tabaco, a gerência da Souza Cruz explicou que ela foi feita com base em critérios de qualidade e sustentabilidade, e que a decisão foi pautada no crescimento do mercado ilegal que chegou a 57% do mercado total em 2019, segundo dados do Ibope.