Notícia

quinta-feira, 17 de março de 2011

Classe patronal rural paranaense é a mais conservadora

A afirmação é do economista do Dieese, Cid Cordeiro, durante palestra aos participantes do 1º Congresso Estadual dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais

Antes do início dos trabalhos das comissões temáticas do 1º Congresso Estadual dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais do Paraná, no dia 17, os 250 participantes assistiram à palestra do economista do Dieese, Cid Cordeiro, sobre as conjunturas econômicas e sociais da agricultura no Paraná.

Segundo Cordeiro, a classe patronal rural paranaense é a mais conservadora na mesa de negociação no sentido de que reluta em distribuir a riqueza, em ampliar os direitos e em reduzir a informalidade visando pagar menos tributos.

De acordo com ele, se não fossem as políticas de reajuste do salário mínimo adotadas pelo último governo e a atuação do movimento sindical, com toda a certeza o salário dos trabalhadores no campo ainda estaria em torno dos R$ 250, “sendo reajustado apenas com os índices da inflação”, salienta. A partir de 2006, as centrais sindicais acordaram com o governo uma política de valorização do salário mínimo, prevendo sua correção pela inflação mais a variação do PIB. “Tal acordo, que tinha vigência até 2011, foi prorrogado até 2023”, comentou Cid.

Outro exemplo que reflete o conservadorismo da classe patronal, disse o economista, é a resistência na implantação do piso regional aos trabalhadores rurais. “Se conseguirmos que a classe patronal aceite o piso regional, teremos a maior conquista dos últimos anos”, comentou o economista do Dieese.