Grito da Terra

É por meio do Grito da Terra (GT) que o MSTTR mostra sua cara e voz diante da sociedade e das autoridades do poder público. Trata-se da maior mobilização do meio rural que, desde 1995, reúne milhares de trabalhadores e de trabalhadoras em Brasília, em Curitiba e nas capitais de todos os estados da União em busca de melhores condições de vida, de trabalho e de renda. Em nível nacional, o GT já se encontra em sua 19ª edição, e no âmbito estadual em sua 18ª.

Com o GT o campo vai à cidade mostrar sua importância e também reivindicar suas principais demandas. Seu foco é sensibilizar a população e o poder público de que os trabalhadores(as) rurais – sejam familiares ou assalariados(as) - precisam de condições para permanecer no meio rural. Portanto, trata-se de um espaço de proposição, de reivindicação e de negociação de políticas públicas para o campo. A manifestação, por possuir um caráter reivindicatório, pode ser considerada como uma espécie de data-base dos agricultores(as) familiares, dos trabalhadores(as) sem-terra e dos assalariados e das assalariadas rurais brasileiras.

Todas as reivindicações integram uma pauta - documento construído com base nas necessidades daqueles que sentem na pele os problemas do dia a dia – que concentra as principais demandas relativas às áreas de atuação do MSTTR, inclusive que atendam a todas as idades e gêneros. Ela é ampla e reúne várias reivindicações relativas às políticas agrícolas, à reforma agrária, às questões salariais e às políticas sociais, entre outras.

O GT - ação sindical estratégica para a formulação e implementação de políticas públicas fundamentais para a consolidação do PADRSS – é responsável por inúmeras conquistas aos trabalhadores e trabalhadoras rurais, tais como: a criação do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF); a desapropriação de terra para a reforma agrária; a concessão de benefícios previdenciários rurais; e a melhoria das condições de trabalho dos assalariados e das assalariadas rurais.

O MSTTR, diante da diversidade de sujeitos que o compõe e reconhecendo as diferenças específicas de cada segmento, desencadeou outras ações de massa, a exemplo da Marcha das Margaridas, da Mobilização dos Assalariados e das Assalariadas Rurais e do Festival da Juventude.