Notícia

sexta-feira, 25 de novembro de 2022

Hoje é o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher

Na pauta da Marcha das Margaridas está o combate à violência contra a mulher

Esta sexta (25) é marcada pelo Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher, um debate importante e urgente sobre a violência e as relações marcadas pelas diferenças de gênero, presentes no cotidiano das mulheres do campo, da floresta e das águas. Esta situação aparece na organização do espaço produtivo, no processo de tomada de decisões, na divisão do trabalho doméstico, na desvalorização e invisibilidade do trabalho feminino, na negação de políticas públicas específicas para produção às mulheres.
Portanto, a violência que, principalmente nos últimos anos, tem marcado os nossos territórios rurais em decorrência do agravamento dos conflitos agrários e ambientais, avança sobre as mulheres de forma mais contundente e cruel. “Os conflitos agrários geram insegurança, medo e violência nas nossas famílias agricultoras, em especial, na vida de nós mulheres e das nossas crianças. Afinal, somos as responsáveis pelo cuidado dos nossos territórios. Também somos nós que estamos na vanguarda da luta pelos bens comuns”, comenta Mazé Morais, secretária de Mulheres da Contag. Para a secretária de Mulheres da FETAEP, Ivone Francisca de Souza, esta luta é reafirmada a cada Marcha das Margaridas, evento programado para agosto de 2023, que tem na pauta, entre outros assuntos, o combate à violência contra as mulheres.
Dados
Todos os dias, muitas mulheres são submetidas a alguma forma de violência. Segundo o estudo mais recente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública sobre feminicídios, em 2021, uma mulher era assassinada, em média, a cada sete horas no país, só pelo fato de ser mulher. No primeiro semestre de 2022, a central de atendimento da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos (ONDH) registrou 31.398 denúncias e 169.676 violações envolvendo a violência doméstica contra as mulheres.