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sexta-feira, 04 de agosto de 2017

Regional de Campo Mourão da FETAEP possui nova coordenadora de Mulheres

Conheça um pouco como foi a trajetória de Catiani Mozolle até chegar ao STTR de Araruna

Há cerca de seis meses a Regional de Campo Mourão da FETAEP possui uma nova coordenadora de mulheres: Catiani Mozolle. Sua chegada ao MSTTR foi recente, iniciando a partir de sua filiação ao STTR de Araruna. Por conta de sua trajetória como agricultora familiar a frente de seu Orquidário e também pela sua origem no campo, ela foi convidada em janeiro de 2017 pelo presidente do STTR, Antonio Camilo, para assumir a coordenação regional.

Desde então, sua primeira atividade formativa junto ao MSTTR foi a Capacitação para Mulheres Trabalhadoras Rurais, realizada pela FETAEP, em Curitiba, no primeiro semestre de 2017. “Participar da capacitação não foi um ganho só para mim, mas com certeza para a minha comunidade e para o Sindicato. Saio com o compromisso de levar a diante tudo que vi e aprendi”, compromete-se Catiani. Em poucas palavras, ela resume o aprendizado assimilado durante a formação: “todas as informações repassadas chegam a um ponto principal, que consiste em mostrar à família rural que ela pode sim se sustentar no seu pequeno espaço, desde que receba a orientação e o encaminhamento certo, seja do Sindicato, de técnicos ou ainda de pessoas de coração aberto. E, sem dúvida, eu serei uma dessas pessoas”, comenta.

Mesmo tendo uma caminhada recente dentro do MSTTR, Catiani sempre acompanhou o trabalho e as ações do STTR de Araruna pelo fato de seus pais serem sócios há muitos anos. “Sempre morei na propriedade rural, só saí para estudar. Aos 18 anos fui para a cidade estudar a faculdade de ‘Tecnologia Ambiental’ e precisei trabalhar para me manter”, diz. De toda a experiência na cidade, uma delas foi trabalhar como mobilizadora do Senar, onde organizava excursões com os agricultores familiares.

Seu interesse por flores despertou em uma dessas excursões. “Foi na viagem de retorno de Holambra, da feira Ortitec, que decidi mudar minha vida. Cheguei e resolvi virar a mesa. Reuni meus familiares e meu namorado e disse: quero ser agricultora e fazer mais por mim”, revela. Foi então que iniciou em 2010 com a produção de rosas, juntamente com o grupo que foi para Holambra. O projeto deu tão certo que toda família resolveu abraçar a ideia e migrar para a produção de flores. “Deixamos a produção de grãos, que estava engolindo a nossa família, endividada na época”, revela a agricultora.

Após quatro anos trabalhando com rosas, a agricultora migrou sua produção para orquídeas. “Parei não porque não goste das rosas, mas sim por conta dos agrotóxicos. Pretendo engravidar em breve e isso estava sendo um empecilho”, revela, não descartando a possibilidade de voltar futuramente para o cultivo de rosas. Já as orquídeas, sempre estiveram presentes na vida de Catiani. “Sempre fui apaixonada por elas e tinha a minha coleção particular. Virava e mexia alguém pedia para comprar. Até que um dia pensei: tá aí, essa pode vir a solução para a questão dos agrotóxicos.

 Hoje, a propriedade de cinco alqueires da família é bem diversificada. “Por pequena que seja, temos no nosso espaço, além das orquídeas, a produção de áster, tango entre outras atividades da agropecuária”, conta. Desse projeto, continua Catiani, foi possível concretizar no seio de sua família a sucessão rural. “Atualmente, sou uma referência na região em comercialização de plantas. O orquidário possui cerca de 1000 mil plantas, com mais de 50 variedades de orquídeas trabalhadas em estufas’, orgulha-se. Além disso, o orquidário também tem sido ponto de intercâmbio entre os Sindicatos e demais visitantes interessados na produção de flores.