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quinta-feira, 22 de novembro de 2018

FETARP elege nova diretoria

Mandato de quatro anos inicia em 26 de novembro e tem como desafio a sustentabilidade do movimento

A diretoria da Federação dos Trabalhadores Assalariados Rurais do Paraná (FETARP) foi eleita em 25 de outubro de 2018. Reconduzido ao cargo para os próximos quatro anos, o presidente Carlos Gabiatto revela que, no primeiro mandato, pode trabalhar em conjunto com a FETAEP, mesmo após a dissociação da categoria, que ocorreu em 2015. “Nos próximos quatro anos, as duas Federações seguirão unidas, realizando acordos e convenções coletivas de trabalho, atendendo as demandas que são comuns das duas categorias e também as políticas públicas comuns, como Previdência Social, Políticas Sociais, Saúde, Educação, crédito fundiário, reforma agrária”, aponta.

A nova diretoria terá como desafio a mudança na legislação trabalhista, redução de acordos coletivos, diminuições de convenções coletivas de trabalho, perda de direitos para trabalhadores rurais e enfraquecimento dos sindicatos. De acordo com o presidente da FETARP, os assalariados precisam se unir para construir um novo diálogo e se fortalecer.

A sustentabilidade do próprio Movimento Sindical também está em xeque. A lei da Reforma Trabalhista (13.467/17) retirou a obrigatoriedade da contribuição sindical, o que resultou, segundo o Dieese, em uma redução de 80% na arrecadação. Para mudar este cenário, a Federação pretende estar mais próxima dos assalariados. “Buscaremos viabilizar cursos de capacitação para os dirigentes sindicais, os dirigentes vão expressar a importância e as conquistas do Movimento Sindical e, principalmente, mostrar que apenas com a classe organizada podemos lutar pelos nossos direitos”, ressalta o presidente da FETARP.

A Proposta de Reforma da Previdência, a chamada PEC 287/16, ainda não está aprovada, mas pode alterar as regras para os assalariados, já que os assemelha aos trabalhadores urbanos. As mulheres poderão se aposentar apenas com 62 anos e os homens com 65 anos. As idades atuais são de 55 anos e 60 anos, respectivamente.

Sobre o presidente

A partir do incentivo da comunidade rural, em 1990, que Carlos Alberto Gabiatto ingressou no universo sindical disputando as eleições para presidente do Sindicato dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais de Icaraíma. Permaneceu no cargo por três mandatos como presidente e dois mandatos como secretário-geral. Como marca de sua gestão no Sindicato, destaca a organização dos trabalhadores e as parcerias. “Foi a partir de 90 que iniciamos com as primeiras Convenções e Acordos Coletivos de Trabalho – que antes não existia”, considera.

Para Gabiatto, os desafios e objetivos são muitos, porém destaca a luta pela igualdade social para todos os cidadãos, em especial para os rurais, como meta. “Buscaremos dignificar a vida dessas pessoas e lutar de forma incessante pelos direitos econômicos, sociais e previdenciários”, acrescenta.